Fim de semana na Ria de Alvor

Têm razão - temos andado pouco dedicados ao blog. O tempo passa depressa demais...

O que interessa é que temos Dufourtunatado (do verbo "Dufourtunatar") sempre que podemos e o fim de semana que passou foi top!

Depois de uma semana no dilema regata Lagos-Palos/fim de semana a bordo, escolhemos aproveitar o bom tempo com a família!

Saímos no sábado de manhã, depois de o sr. Engenheiro ter feito a sua ronda matinal habitual pelos abacates e citrinos e, logo depois de sair a barra de Lagos, houve mergulhos a reboque do Dufourtunato. O vento estava fraquinho, de Sul, e deu para os miúdos saltarem para dentor de água e sentirem a força que, mesmo assim, a deslocação na água fazia.
O Tomás fica sempre inibido de se aventurar nestas coisas, mas depois percebeu que é muito giro!! Gostaste, Tomás? Ya, respondeu ele... Tá bonito.

Pouco depois virou Norte e entrámos na ria, onde fundeámos, mergulhámos e nadámos.


O Manel a treinar para quando for preciso subir ao mastro...


Vida chata, não é???

À noite tivémos companhia do Impecável (não, não é o novo barco do meu irmão, embora pelo nome pareça) que é dos Pais de uma colega de escola do Manel.

No domingo de manhã apanhámos berbigão na maré baixa (um pescador que lá estava disse que não era altura deles e que este ano não havia muitos), suficientes para um risotto, o que calha sempre bem!


O Tomás segue o exemplo do Manel, felizmente noutra escala!

Com uma brisa de Sul decidimos ir andar à vela, para que o Dufourtunato não seja chamado de caravana sobre água! Andámos um bom bocado, primeiro com um Sul de 9-10 nós, depois com Norte que chegou aos 20.

Uma das actividades preferidas do Martinho é dar banho à amostra - a cana lá fica à popa, mas tirando um choco pescado este ano, se tivéssemos de sobreviver com o que pescávamos, estaríamos feitos.
Mas no domingo houve uma reviravolta e o Manel revelou os seus dotes de pescador e, depois de a amostra andar a nadar há muito tempo, assim que ele pegou na cana apanhou uma cavala, logo depois outra, e outra, e outra em 10 minutos!!!



Uma delas conseguiu fugir mas as outras 3 fora cozinhadas ao vapor para o jantar.




Cavalas ao vapor para o jantar!

O pescador estava radiante com o seu sucesso e foi lindo ouvi-lo a contar a sua façanha ao Tomás, que na altura estava a dormir.
O irmão mais velho todo orgulhoso da sua pescaria e o mais novo a pensar que ele é um herói! Lindo!!

Foi muito bom ver os 3 miúdos na borda, sem medo e com vontade de andar mais. O Tomás, às tantas, estava sentado por baixo da retranca e disse: "Andar à vela não é assim. Isto é que é andar à vela (e foi sentar-se na borda, a fazer peso)!

É o destino, o que é que querem??